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modo de vida

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modomodo
|ó| |ó|
( mo·do

mo·do

)


nome masculino

1. Maneira de ser ou de estar.

2. Posição do corpo.

3. Maneira de fazer, de dizer, de olhar, etc.

4. Uso, costume.

5. Estado, disposição.

6. Forma.

7. Meio, via.

8. Jeito.

9. Tom, voz; gesto e maneiras.

10. Moderação.

11. Cortesia, decência.

12. [Gramática] [Gramática] Variação que indica o sentido e as circunstâncias especiais do verbo.

13. [Música] [Música] Disposição das notas da escala determinada pelo lugar que o meio-tom nela ocupa.

modos


nome masculino plural

14. Forma de se comportar com educação (ex.: tenha modos, menina!). = MANEIRAS


a modo

Com jeito; devagar.

Como que.

a modo que

Segundo parece.

de modo algum

Expressão usada para exprimir negação absoluta; de maneira alguma (ex.: quero afirmar que de modo algum vou assumir esta responsabilidade; não aconselhou esta opção de modo algum).

de modo nenhum

O mesmo que de modo algum.

de modo que

Indica o fim, o objectivo ou a consequência de determinada acção (ex.: de modo que ficou tudo resolvido). = DE MANEIRA QUE

bons modos

Comportamento educado (ex.: pede isso com bons modos, por favor). = BOAS MANEIRAS, EDUCAÇÃO

modo conjuntivo

[Gramática] [Gramática]  Modo verbal em que a acção é expressa como uma possibilidade ou como um desejo. = CONJUNTIVO

modo de vida

Profissão.

modo indicativo

[Gramática] [Gramática]  Modo verbal que exprime o estado, a existência e a acção de uma maneira certa, absoluta, geralmente real ou factual. = INDICATIVO

modo infinitivo

[Gramática] [Gramática]  Modo verbal que corresponde a uma forma nominal do verbo, em que este se apresenta no seu sentido mais vago e geral, indicando o processo verbal, mas sem exprimir sozinho o tempo ou o momento específico (ex.: os sublinhados são exemplos do modo infinitivo: amar; ler; sentir; não consigo ouvir nada; pintar é relaxante). = INFINITIVO

modo subjuntivo

[Gramática] [Gramática]  O mesmo que modo conjuntivo. =

etimologiaOrigem etimológica:latim modus, -i, medida, tamanho, quantidade.
Confrontar: mudo.
modo de vidamodo de vida

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Dúvidas linguísticas



Gostaria de saber das regras para o uso adequado da palavra se.
Para empregar correctamente a palavra se, é necessário analisar e perceber a diferença entre duas classificações, a de conjunção subordinativa (em 1) e a de pronome pessoal átono (em 2).

1 Como conjunção, a palavra se surge para ligar frases subordinadas e pode ter vários valores, que se podem resumir basicamente em:
1.1 Conjunção subordinativa condicional, para indicar uma condição ou uma hipótese (ex.: Só podem brincar na rua se não chover; Se chegares atrasado, a responsabilidade é tua).
1.2 Conjunção subordinativa integrante, para iniciar frases interrogativas indirectas (ex. Perguntou se aquilo era verdade).

2 Como pronome pessoal, a palavra se pode corresponder a quatro tipos de estruturas diferentes, estando sempre acompanhada de um verbo (antes ou depois).
2.1 Pronome pessoal átono reflexo, para indicar o complemento directo quando a acção do sujeito recai sobre ele próprio (ex.: Vestiu-se rapidamente.).
2.2 Pronome pessoal átono recíproco, para indicar o complemento directo sobre o qual recai uma acção mutuamente realizada e sofrida por um sujeito plural ou complexo (ex.: Cumprimentaram-se respeitosamente.).
2.3 Pronome pessoal átono que desempenha a função de sujeito indefinido ou indeterminado, com um valor próximo de a gente ou alguém (ex.: -se esse livro com muita facilidade).
2.4 Pronome pessoal átono apassivante, com um valor próximo de uma frase passiva (ex.: Arrenda-se loja no centro).

Sobre esta questão, e porque a palavra se é frequentemente confundida, na ortografia, com a terminação do pretérito imperfeito do conjuntivo, por favor consulte também outra dúvida relacionada em pretérito imperfeito do conjuntivo e presente do indicativo seguido de -se.




A minha dúvida é relativa ao novo Acordo Ortográfico: gostava que me esclarecessem porque é que "lusodescendente" escreve-se sem hífen e "luso-brasileiro", "luso-americano" escreve-se com hífen. É que é um pouco difícil de se compreender, e já me informei com algumas pessoas que não me souberam dizer o porquê de ser assim. Espero uma resposta de vossa parte com a maior brevidade possível.
Não há no texto legal do Acordo Ortográfico de 1990 uma diferença clara entre as palavras que devem seguir o disposto na Base XV e o disposto na Base XVI. Em casos como euroafricano/euro-africano, indoeuropeu/indo-europeu ou lusobrasileiro/luso-brasileiro (e em outros análogos), poderá argumentar-se que se trata de "palavras compostas por justaposição que não contêm formas de ligação e cujos elementos, de natureza nominal, adjetival, numeral ou verbal, constituem uma unidade sintagmática e semântica e mantêm acento próprio, podendo dar-se o caso de o primeiro elemento estar reduzido" (Base XV) para justificar o uso do hífen. Por outro lado, poderá argumentar-se que não se justifica o uso do hífen uma vez que se trata de "formações com prefixos (como, por exemplo: ante-, anti-, circum-, co-, contra-, entre-, extra-, hiper-, infra-, intra-, pós-, pré-, pró-, sobre-, sub-, super-, supra-, ultra-, etc.) e de formações por recomposição, isto é, com elementos não autónomos ou falsos prefixos, de origem grega e latina (tais como: aero-, agro-, arqui-, auto-, bio-, eletro-, geo-, hidro-, inter-, macro-, maxi-, micro-, mini-, multi-, neo-, pan-, pluri-, proto-, pseudo-, retro-, semi-, tele-, etc.)" (Base XVI).

Nestes casos, e porque afro-asiático, afro-luso-brasileiro e luso-brasileiro surgem no texto legal como exemplos da Base XV, a Priberam aplicou a Base XV, considerando que "constituem uma unidade sintagmática e semântica e mantêm acento próprio, podendo dar-se o caso de o primeiro elemento estar reduzido". Trata-se de uma estrutura morfológica de coordenação, que estabelece uma relação de equivalência entre dois elementos (ex.: luso-brasileiro = lusitano e brasileiro; sino-japonês = chinês e japonês).

São, no entanto, excepção os casos em que o primeiro elemento não é uma unidade sintagmática e semântica e se liga a outro elemento análogo, não podendo tratar-se de justaposição (ex.: lusófono), ou quando o primeiro elemento parece modificar o valor semântico do segundo elemento, numa estrutura morfológica de subordinação ou de modificação, que equivale a uma hierarquização dos elementos (ex.:  eurodeputado = deputado [que pertence ao parlamento europeu]; lusodescendente = descendente [que provém de lusitanos]).

É necessário referir ainda que o uso ou não do hífen nestes casos não é uma questão nova na língua portuguesa e já se colocava antes da aplicação do Acordo Ortográfico de 1990. Em diversos dicionários e vocabulários anteriores à aplicação do Acordo Ortográfico de 1990 já havia práticas ortográficas que distinguiam, tanto em Portugal como no Brasil, o uso do hífen entre euro-africano (sistematicamente com hífen) e eurodeputado (sistematicamente sem hífen).